terça-feira, 28 de maio de 2013

Saldo das férias

No vai e vem do dia a dia minhas ideias acabaram sendo sucumbidas pela rotina. As noções do certo e errado se perderam e me tornei um robô. Não tolerava mais erros humanos, acreditava que todo o mal era proposital, que as pessoas persistiam em erros por burrice e não por amor. Deixei de ouvir, de criar e de fazer algo que sempre amei fazer, observar a vida, as pessoas, o dia a dia.
Até que as tão sonhadas férias chegaram, e a caixa que prendia meus pensamentos começou a abrir. Acordei pensando em buscar algo novo, mudar de vida, correr atrás de novos sonhos... De repente descobri que precisava fazer a manutenção do que eu já tinha, que por mas que mudasse de endereço, de amigos, ou de qualquer outra coisa, a primeira mudança tinha que acontecer dentro de mim.
Comecei a analisar as atitudes das pessoas que eu amo, e por mais que tudo pareça desconexo, que eu não concorde, e que as decisões de outras pessoas pareçam incoerentes, preciso respeitar.

É muito difícil não cair no buraco da rotina, mas talvez a solução seja contar até três antes de finalizar um julgamento. Quero pensar positivo ao acordar 6 horas da manhã para ir trabalhar, quero não querer matar as pessoas quando elas pisam no meu pé no metrô, quero ter tempo para ler notícias de politica e de futilidades também, quero poder visitar minhas amigas, meus parentes, conhecer as pré-estreias do cinema, ir passear no parque, estudar, trabalhar, e ainda, chegar em casa e conversar com pais, que vão me contar a trajetória inteira do dia deles, e como não podia faltar, passar horas na internet. Tudo isso é possível? Na maioria das vezes não, mas as férias me fez perceber que não consigo fazer TUDO, mas que preciso aproveitar o momento enquanto faço cada coisa. O mundo não é perfeito, as pessoas não são perfeitas, e acho que encontrar o meio termo entre a crítica e o respeito é o caminho para viver mais leve.
Desafio para os próximos dias: voltar a rotina, sem me entregar a ela.

domingo, 13 de março de 2011

Escolha a sua palavra

Qual é a palavra que move sua vida? Qual é a palavra que lhe faz levantar todos os dias? Qual é o seu objetivo? Já pensou nisso?
Pode ser um grande amor, um bom trabalho, a busca pela felicidade, ou simplesmente a sobrevivência.
O fato é que às vezes perdemos um tempo valiosos em busca de futilidades.
Amanhã é segunda-feira, e eu sei que a minha palavra é a VIDA. Aproveitar a minha vida e curtir cada minuto com as pessoas que eu amo.

A riqueza do desconhecido


A estrada da vez agora é o metrô de SP.
No entra e sai de cada estação, risadas, nervosismo, pisões, empurra-empurra... tudo que torna o dia a dia do metrô mais emocionante e irritante.
E um dia desses, voltando do trabalho e comentando com os colegas fatos e acontecimentos que são comuns na vida de todos, uma anônima não se conteve:
"Eu também conheço um amigo que passa horas tomando banho"
O primeiro pensamento foi: "por que esta mulher esta se metendo na nossa conversa", mas logo em seguida percebi que diante da chatice de um vagão lotado e da solidão, deveria lhe dar a chance de participar do nosso bate-papo.
O assunto em questão era o porquê que alguns homens demoram tanto para tomar banho, afinal, tirando os homens cabeludos, os outros não tem tantas atividades durante o banho.
O trajeto que passou por mais de 10 estações, viajou entre os mais distintos assuntos e foi parar na gravidez. É pessoal, nossa anônima estava grávida.
A mulher que aparentemente beirava os 40 anos estava grávida, e talvez tivesse entrado na conversa só para nos revelar, depois de tantas idas e vindas entre assuntos diversos, sua gravidez tardia.
Uma história super interessante, que envolvia aborto, drogas, bebidas e falta de amor, e que eu poderia ter deixado de escutar se tivesse repreendido a intromissão da anônima grávida.
Moral da história: Às vezes, aquele conselho de nossa mãe: "não converse com estranho", pode ser ignorado, pois o destino pode ter colocado um estranho em nosso caminho só para nos apresentar uma realidade jamais conhecida.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sampa cinzenta


E São Paulo amanheceu cinzento, lindo e cinzento. Lindo? Isso mesmo, depois de tantos dias ensolarados estava sentindo falta desta cor coadjuvante que só fez destacar as outras belezas da metrópole.
Hoje, sem aquele calor que nos faz pensar a todo momento em água, piscina e férias, pude prestar atenção nas pessoas, e parar para observar a correria e a indiferença alheia.
Voltei a pensar na diversidade humana, e como somos críticos com as atitudes das outras pessoas. Criticamos as roupas, as atitudes, o existir, e na verdade cada um só está vivendo e aproveitando (ou não) a vida da maneira que acha melhor.
Viva a cinzides de São Paulo!